Matéria para o blog Maria Maria Soluções por Adriana Drapala
Antes mesmo de Cristo já era comum partilhar comida e vinho para celebrar contratos sociais entre os babilônios como fazemos hoje em casamentos, tratados, entre outros.
Os banquetes mesopotâmicos servidos pela monarquia em inaugurações de palácios, vitórias militares, ou a chegada de uma embaixada, eram fabulosos, sem contar a etiqueta refinada, digna de um ato de ópera, o rei sentava-se à parte, reclinado em um divã com a rainha ao lado.
Comer não era só uma necessidade biológica
E os convidados? Ah sim, que graça teria essas encenações, sem os convidados, estes eram colocados em grupos segundo seu status, quanto mais longe do rei, menos importância para a monarquia e os aristocratas.
O simples ato de nos alimentarmos pela necessidade do organismo, transformou-se em grandes cerimoniais e cada época produziu seu próprio festejo arquetípico refletindo a essência da sociedade organizada.
A comida e a bebida eram trazidas das regiões mais inóspitas que você possa imaginar, e quanto mais exóticas, raras e nunca saboreadas antes, mais refletia a influência do governo, e o cardápio por si só, tinha o papel de selar a aliança da monarquia com as grandes famílias aristocráticas.
Alimentos sagrados e profanos
A gastronomia grega originou-se a partir da prática dos rituais de sacrifício, a carne era escassa e dividida em porções iguais e assada após o sacrifício de um animal aos deuses, mas a paixão dos gregos e atenienses era os frutos do mar, não faziam parte dos rituais religiosos, e eram consideradas totalmente profanas.
Com a criação dos processos da gastronomia, onde tanto a carne quanto o peixe podiam ser cozidos ou guisados em um caldeirão, os mais sofisticados começaram a adicionar outro ingredientes à panela como: sal, ou mel, ou ainda a fragrância de ervas e especiarias surgindo assim a arte culinária.
Gregos e sicilianos
Existem mais de 30 referências a livros da cozinha grega, sendo o primeiro datado do século V a.C. onde grande parte das habilidades culinárias dos gregos parece ter chegado à Grécia através dos cozinheiros da Sicília, nos séculos IV e III.
A culinária grega então dá um salto em números de pratos de carne e de peixe bastante complexos, bem como um repertório de biscoitos, pães e bolos, o objetivo era alcançar um equilíbrio entre o doce e o amargo, entre o ácido e os sabores fora do comum.
A vasta variedade do mar Egeu, Mediterrâneo e Mar Jônico
A cozinha da Grécia era baseada no mar com uma variedade imensa: atum, peixe-sapo, salmonete, brema, cação, tainha, enchova, lúcio, bagre, congro, arraia, esturjão, carpa, peixe-espada, polvo, lula, siba, ostra, caranguejo e lagosta.
A carne vermelha em todas as sociedades primitivas era muito valorizada, considerada sagrada e rara, os animais eram muito mais necessários pelo leite, pela lã, e para o trabalho na terra do que para o consumo.
Os gregos iniciam então uma literatura completa relacionando o alimento com a dieta, saúde, exercício e higiene, e claro, a culinária. A partir dos gregos a culinária passa a ser reconhecida como uma das habilidades e artes básicas da vida humana.
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Referências
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